“TEMPO OCIOSO”.
         

 
Na tarde a brisa fagueira
Passeando pela selva...
A saudade passageira
Misturando ao som da selva
Lembrei-me de Adão e Eva;
Dois amantes sem rivais
Passavam o tempo ocioso
Cuidando dos animais.
Bem mais tarde o coração
Agitando o sangue quente
Dos primeiros ancestrais,
Não sei se sagacidade
Daquela linda donzela,
Por paixão ou vaidade
Ou puro capricho dela...
De certo ela quis testar
Sem nem ao menos pensar,
Que ia ser grande a confusão,
Sem saber que ia criar
Esta gigante nação...
Então parei de pensar
E voltei a contemplar
A verde vegetação;
Deus o que fez, fez bem feito
O rio correndo no leito
E os astros na amplidão!