Frivolidade

E segue o fluxo massivo

Calcando sob seus pedestais

Cujo fundamento lascivo

Não liberta jamais

Fortalecendo pedra bruta

Em superfície dura e fria

Que depois da proibida fruta

Palpita em disritmia...

Apegados em infrutíferas valias

Declinando-se em falsos méritos

Limitando-se em manias

Apenas ambulantes féretros

De casca grossa impenetrável

E cavidade em repercurssão

Tornam o fútil louvável

Demanda sem razão...

Estirpe de nulo obséquio

Acréscimo sem causa justa

Olhar vagante e débil

Sem índole para decidir custa

Invade e torna-se ermo

Preenche e torna-se desprovido

Existência em meio termo

Cobre-se de méritos desmerecidos

E segue o fluxo massivo

Criando suas falsas verdades

Como móbile permissivo

Banhando-se em vaidades

Apelando em disputa ferrenha

Pisando em qualquer cabeça

Para que no alto se mantenha

Mesmo em convalescença.

São Paulo, 01 de Março de 2009.

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 01/03/2009
Reeditado em 01/03/2009
Código do texto: T1464229
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