Reflexos do ser-abstrato em rima: o despontar de uma nova época

Acabaram-se as núpcias

Assim como acabaram as chuvas de verão

Andorinhas nunca voltam

Nesses tempos confusos

Com gente na angústia

De um mundo sem rumo

Em rimas sem orgulho

De pouco barulho

E muita reflexão

O verão não reflete o caos em vão

A vida parece insana

Precisa de um-são

Nesses tempos vãos

Ânsia

Em vagas poesias

Sentido de um mundo mudo

Absurdo,

Sem rumo

Sem noção...

Foram-se as rugas

Foi-ce cortando dúvidas

Em tempos de angústia

O que basta

Reflexão abstrata

Nessas horas vagas

Preenchidas por vazios temporais...

As andorinhas voltam

Mesmo por acabarem-se

Já não mais as mesmas.

Nesse cenário

Donde lágrimas enxugam à mesa

Verso derradeiro

Talvez inteiro, às vezes nem,

Reflete o que de mais perplexo há no seio

Em meio desse ser,

Incógnito

No cenário de lágrimas que se revolvem...