QUE COISA!

O vento agita as folhas do jardim

O sol é forte e o dia parece não ter fim

A claridade é tanta que encandeia

E eu fico a pensar no que me rodeia

Tudo parece igual

E estranho ao mesmo tempo

Fixo o olhar da mente para fotografar

O significado do que estou vendo

E me apavoro sem me conformar

Afinal hoje não quero ser gente

Quero ser flor...

Mas ela também sente dor

Quando sem piedade

É arrancada do seu habitat

Então serei pássaro

E sairei por aí sem destino certo

Voando pelo prazer de voar

Mas posso cair e me machucar

Acho que vou ser peixe no mar

Mas também não vai prestar

Sempre tem um maior

E com certeza me destruirá

Ah, que coisa medonha

Não tem mesmo jeito

Só consigo ser Ysolda

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