SALVE-SE QUEM PUDER

Da solidão da multidão

Do silêncio dos estádios vazios

Dos jogos que se multiplicam

Fora dos muros de proteção

Salve-se quem puder

Das ladainhas em procissão

Nas belas ladeiras de Olinda

Ou nas de Salvador da Bahia

Ou em qualquer vão da Sé

Salve-se quem puder

Do acalanto sem canto

Do afago do faz de conta

Do desencanto dos santos

Rosário de homem e mulher

Salve-se quem puder

Do leito profundo dos mares

Aonde descansa os mártires

Vales a vista em baixa maré

Salve-se quem puder

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Publicado tb no blog " Apenas Ysolda"

www.ysoldacabral.blogspot.com/