Sem futuro

Se aquilo que um dia escrevi

Fosse um dia por mim lido

Estranharia aquilo que vi;

Ler-me é só tempo perdido.

Como todos, não me conheço.

Não sou mais nem menos que nada.

Não sou aquilo que pareço,

Sou uma barcaça abandonada

Que navega no oceano sem saída

Procura um porto, uma estrada

Que me conduza pela vida...

Faço versos que são remos,

É a rima que os faz remar!

E nos que escrevo, lá me escondo

Se a tempestade ameaçar.

Navego ao sabor das ondas.

Não tenho rumo ou futuro

E se me conheço bem,

Vou deixar esta vida a meio

Porque nunca estou satisfeito

Mesmo que tudo esteja perfeito,

E nunca nada está acabado

Se não ficar do meu agrado.

mconstantino
Enviado por mconstantino em 03/11/2009
Código do texto: T1903640
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