Almas de Vidro

Em meio aos copos,
E as taças de vidro,
Tão frágil como a vida,
Que agora entorpecida,
Se estende embriagada,
Na sargeta, na calçada,
Misturadas ao vinho,
Um torpor necessário,
Para tantos desgostos,
É o fundo do poço,
O princípio do abismo,
Um coração triturado no gelo,
Já se foi a alegria,
Triste fim pra euforia,
Ao primeiro gole,
É o ínicio do nada,
O fim para tudo,
A dança da morte,
Não, não é só o passado,
É muito mais que saudade,
Mais uma alma despedaçada,
Que caí desprezada,
Em meio aos cacos da vida.


30/01/2004 -
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 14/08/2006
Reeditado em 28/08/2013
Código do texto: T216344
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