ISOLAMENTO VOLUNTÁRIO

Não pergunte nada,
Leia apenas minhas plavras,
Como sempre serão sinceras,
Sinta até mesmo no silêncio,
Este isolamento voluntário,
Onde os pensamentos e os sonhos,
Analiso sem o teu reflexo.
Pois preciso caminhar outra vez,
E prestar atenção a cada passo,
Preciso perceber essa distância,
Para sentir o quanto já sou tua,
E o quanto já és meu.
Pois o tempo que era lento,
Tomou carona no vento,
E hoje sopra formas desconhecidas,
Nas nuvens que calmamente observo.
Marco então a areia contando os passos,
E deixando que o mar os apague,
Uma forma de esquecer o passado,
Para ir ao encontro dos meus sonhos.
Vivencio assim essa liberdade imposta,
Tal qual pássaro expulso do bando,
Pois, sei da realidade em que vivo,
Mas sei também que ninguém...
Pode ser infeliz o tempo todo,
Eis minha fonte inesgotável de força.
Por isso, não fique triste,
Se perceber que me afasto,
Pois, sempre existirá a poesia,
A marcar as minhas letras,
E a mostrar nas suas linhas,
Cada uma das nuvens por onde passo,
Neste céu do meu destino.

23.03.04
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 21/08/2006
Reeditado em 22/08/2006
Código do texto: T221952
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