O Ciúme
Que é este que agora me atormenta
Donde saiu a horrenda criatura
Que clama a sua ira, truculenta
Que me põe na garganta esta secura?
Que mal lhe fiz que justifique o brado
E a maldição que sobre mim lançou
Porquê esta algazarra e o tom irado
Com que férrea vontade me alcançou?
Ah; mas vou reagir ao vil ataque
Que promete tornar-se uma agressão
Não posso voltar costas ao basbaque
Sem que me atinja torpe e à traição
Encho-me então de raiva e vou gritando
Quem és tu criatura; porquê tanto azedume?
E ele com hálito fétido bramando:
Então não sabes? – Sou o teu ciúme!
Portugal
2006
Que é este que agora me atormenta
Donde saiu a horrenda criatura
Que clama a sua ira, truculenta
Que me põe na garganta esta secura?
Que mal lhe fiz que justifique o brado
E a maldição que sobre mim lançou
Porquê esta algazarra e o tom irado
Com que férrea vontade me alcançou?
Ah; mas vou reagir ao vil ataque
Que promete tornar-se uma agressão
Não posso voltar costas ao basbaque
Sem que me atinja torpe e à traição
Encho-me então de raiva e vou gritando
Quem és tu criatura; porquê tanto azedume?
E ele com hálito fétido bramando:
Então não sabes? – Sou o teu ciúme!
Portugal
2006