PARA EU NÃO ME MATAR

O tempo, severo, não aguardará.
E nem, paciente, esperará.

A menos que tal como aos tantos, se antecipe...

contrário às dezenas, às centenas,
aos milhares de normais
que, heroicamente, chegam às retas finais,
rotulados, datados e, em data e em hora certas,
se foram; se vão.

Não se importa a quem ele,
imortal aluvião dos rios volumosos da morte,
cego a toda boa ou má sortes,
cruelmente possa exasperar.

E raptará...
sem olhar para trás.



Imagem Google
Marisa Silveira Bicudo
Enviado por Marisa Silveira Bicudo em 30/07/2013
Reeditado em 02/04/2014
Código do texto: T4411847
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