ESPELHO

Eu vi um homem solitário,
Plantando suas pegadas no caminho,
Imaginárias flores sem espinhos.
Eu vi um homem solitário,
Que diante do espelho sentia medo,
De olhar com esperança o seu futuro,
Guardava dentro do peito o seu amor,
E com isso não percebia que poderia ser correspondido.
Limitado ao que o espelho dizia,
Vivia ele sem crença na felicidade,
Assim os dias foram passando,
E o homem solitário continuou seu sonho de liberdade,
Sem nunca acreditar no que sentia,
Um dia ao olhar para o espelho,
Sua imagem distorcida, sem vida,
Percebeu que o seu grande amor havia partido,
E que seu coração estava vazio,
Eu vi um homem solitário,
Morrendo aos poucos de tristeza diante daquele espelho.
05/02/02
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 14/09/2005
Reeditado em 01/08/2016
Código do texto: T50415
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.