SUPERFICIALIDADES

“Os objectos são para nos servirmos e as pessoas para amarmos!

Então... Porque amamos os objectos e nos servimos das pessoas?!”

(Desconheço a autoria deste pensamento!)

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Como posso sonhar um dia ser alguém nesta vida?...

- Se não sou herdeiro de fortuna;

- Se não conheço ninguém influente;

- Se não uso jóias, nem fatos de marca;

- Se não tenho o meu nome em revistas cor-de-rosa;

- Se não possuo nenhuma particularidade que me permita ser destaque…

Não sou nada, de nada aos olhos da humanidade!...

E Deus, que pensará de mim?...

- Que será daqueles que se vergam a uma vida de trabalho para sobreviverem?...

- Que será daquelas mães que nem sequer têm pão para dar aos seus filhos?...

- Que será desses filhos que morrem aos milhões, sem sequer imaginarem que em inúmeros locais da Terra, toneladas de alimentos são destruídos todos os dias?...

- Que será daqueles que têm apenas sonhos cinzentos para colorirem um pouco das suas vidas descoloridas?...

A escravatura não morreu!...

A Democracia e a Liberdade são palavras artificiais que escondem a verdade sobre aqueles que dão com UMA mão, mas cobram com as DUAS.

Somos coagidos a comprar – a pronto ou a crédito – bens hoje considerados essenciais, mas que ontem nem sequer existiam!...

Quantos de nós saberíamos viver sem electricidade, sem carro, sem dinheiro, sem férias?!...

Novos conhecimentos parecem significar a perda de velhos conhecimentos!

Até onde nos levará a nossa fome e sede de conquista a qualquer preço?...

Subjugamos a Natureza aos nossos caprichos, mas o tempo corre contra nós...

A Natureza tem o tempo ao seu dispor, mas nós não!...

E Deus… Que pensará de todos nós?

[Abílio, 22.05.2007]