O APAGAR DAS LUZES

Estou voltando aos velhos hábitos,
Ruins e bons ao mesmo tempo,
Tenho a fé abalada, a esperança petrificada,
Os sonhos desfeitos junto aos meus defeitos,

De ter sonhado muito e sempre em vão.
Anda a faltar-me vontade de viver,
Tornando as madrugadas pesadelos reais,

Onde meu pensamento recusa o remédio,
Para aliviar o tédio depressivo em mim,
Quero descansar sem mascarar essa tristeza,
Que anuncia a cada dia o meu fi
m.
Com o vento sempre em oposição,
Fecho meu coração a sete chaves,
Fugindo das meias verdades,
E da desilusão que tanto vem me afastando,
De tudo aquilo que achava ser importante.
Nada tem sentido e com o orgulho ferido,
Afasto-me de tudo que possa me machucar,
E até mesmo mascarar mais uma decepção.
Estou morrendo e já não acredito no infinito,
Nem em anjos, ou demônios aflitos,
Céu ou inferno, pois já vivi tudo isso.
Creio apenas no apagar das luzes,
Finalmente livre desta tortura,
Da roda da vida que nunca parece girar,
Creio agora na eternidade de um adormecer...
Sem lembranças... e infinitamente vazio.

22/02/2016
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 22/02/2016
Reeditado em 18/04/2016
Código do texto: T5551079
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