(In) Poemas

Se os lábios calam,

a voz perdura,

(In) Póstumo coração,

que de teimoso,

ainda bate...

Ah! Se pará-lo,

fosse apenas um fato!

Escrevo.

Um frio e pseudo,

competo manuscrito...

Sorrio...

Modernamente digitalizado.

Imortal,

em sua inegável condição,

de transcrever na íntegra,

o retrato do Autor.

A Obra, que fiel,

eterniza, seu progenitor...

E dele faz, um Ser,

constante e moribundo,

privando-o do direito,

de verdadeiramente, partir,

como qualquer um...

Mas, se foi para Eternidade,

que ele empunhou a pena...

Se foi posteridade,

rimar em qualquer Tema...

Vivendo a congruência,

ao coincidir os tempos,

e tracejar em letras,

seu olhar perdido...

Rosto...

Mister longevidade,

a fonte e a juventude,

em páginas que resumem,

os passos do destino.

Sagrados pergaminhos,

de um querer profundo,

que os mofos da história,

ousam resguadar...

Daquele que é Vida,

enquanto for Poema...

E assim será Viver,

em velhas prateleiras...

E assim será vencer,

a máscara mortal...

E sempre renascer,

parido, ao Livro, abrir,

como uma grande Cena,

em seu Ato final...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 09/10/2005
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