Palavras são mais, palavras...

Vem meu amor, deite teus olhos nos meus,

largue o corpo entre os meus braços,

que meu peito é teu remanso, é toada de canção,

quando o medo te aporta, o limite te sufoca,

deixa marcas pelo rosto, de casaço e solidão.

Vem, que o labirinto da vida, não guia.

Que o tempo só tem serventia, ao que sabe,

viver no respeito da hora, e que até pra quem chora,

não haverá cruel dia, nem amanhecer de vingança,

que acolha a bonança, antes da chuva cair...

Vem meu amor, para estas mãos protetoras,

que o destino é a ladeira, e é a pedra no chão.

Que íngreme é o sonho, e sôfrega a subida,

se não tiver, do primeiro pisar, ao infinito passo,

o amor armadura, e o amor, curador da ferida.

Vem, que melhor aprende, aquele que observa e cala.

Que aceita os limites, e atravessa o portal da vida.

Aquele que na diária luta, não teme e não bate.

Não recua, não nega e nem se abate,

e que ao final, sorri, e oferece a outra face...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 10/10/2005
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