Somos nós

Corte profundo.

Abismo cego.

Em praças do mundo,

Meu peito aberto.

Palavras sem fim,

Nas veias da vida.

A cor do carmim,

a brotar das feridas.

Palavra não dita,

na boca, selada.

E ao longe tu gritas,

em minha alma calada.

E assim posso ouvir,

o eco de tua voz.

Que me disse ao partir:

Não és tu, somos nós...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 10/10/2005
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