Águas do Tempo...

Sugere-me o silêncio,

que tua alma breve,

visita-me o Ego,

insatisfeito e inquieto,

talvez, ridículamente,

vaidoso...

Desleixo o corpo,

na cama de expectativas,

sem qualquer cuidado,

e percebo que esta sombra,

espreguiça-se,

no meu cansaço...

Tua silhueta, insinua-se.

Contempora meu acaso,

e mesmo assim,

displicente,

deixo o corpo ali,

quedar, calado...

Nada é mais real,

que o tempo.

Até o que rege,

todas as nossas,

inexistências,

e fracassos...

Porque o tempo corre,

e escorre sobre nós,

como se fossemos,

seus leitos...

Tantas vezes,

desfeitos.

Quase sempre,

imperfeitos...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 12/10/2005
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