No Fim

Tudo acaba

A infância encontra a velhice

O amor a sepultura

E nas alturas

Nenhum Deus te condena

E nessa cena minúscula

Que se chama vida humana

Somos órfãos da verdade

E na maldade se esconde a beleza

Na realeza todos os caprichos

Mas como bichos vagamos

Abraçados a loucura

Na rua escura da vida

Sem saída perambulamos

E navegamos na insignificância

De apenas ser

Parece que nos basta

Ser um nada

Um zero à esquerda

Sem rosto e em desgraça

Tudo acaba

Sempre acabará

Não importa quantos nasçam

Ou quantos morram

Até os que se foram

Serão um dia esquecidos

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 24/06/2018
Código do texto: T6372969
Classificação de conteúdo: seguro