No Fim
Tudo acaba
A infância encontra a velhice
O amor a sepultura
E nas alturas
Nenhum Deus te condena
E nessa cena minúscula
Que se chama vida humana
Somos órfãos da verdade
E na maldade se esconde a beleza
Na realeza todos os caprichos
Mas como bichos vagamos
Abraçados a loucura
Na rua escura da vida
Sem saída perambulamos
E navegamos na insignificância
De apenas ser
Parece que nos basta
Ser um nada
Um zero à esquerda
Sem rosto e em desgraça
Tudo acaba
Sempre acabará
Não importa quantos nasçam
Ou quantos morram
Até os que se foram
Serão um dia esquecidos