CONCRETIZAR OS SONHOS É O QUE MATA
Encontro no caminho os carinhos necessários
Os desenganos/ desencantos
Os que não se deram
A rua que entrei errado
Quem evitei sem saber
O que vivencie dentro do possível
Dos parâmetros
As almas gêmeas que não se cruzaram
A sorte e o azar
Seria isso talvez falta de visão
De procura
De dar vez à loucura e não apenas voz
Ser o algoz de si mesmo
Assim mesmo se sentir as vezes feliz
Por não saber nada do ocaso
Dos astros distantes
Ou de um coração pulsante ali perto
No bairro ao lado
Na Zona Leste
Em Minas Gerais
Tudo isso que digo é um extrato
Abstrato da minha conta
Desse rosário de dias que desconto
Confesso: as vezes fico tonto
Me desentendo e atento ao filósofo
Agora sei: nada sei
Imito o poeta mór:
Não sou nada/ Não quero nada
Mas tenho em mim todos os sonhos
Concretizá-lo é o que mata.