À quem...?

Saio procurando respostas

mas sequer tenho perguntas a fazer,

questiono apenas, o existir...

e quando vejo a cidade

como um mar de estrelas douradas,

com suas ruas desertas

e devaneios indigentes

eu me perco,

nos ecos dos meus próprios passos,

nas curvas dos meus próprios pensamentos

eu me perco.

Ssegure minha mão

se eu cair em teus braços.

penso as vezes, que não saberei me levantar,

pois quando meus olhos se abrem

a escuridão dos teus me cega

e não consigo mais me encontrar

nessa imagem borrada no espelho,

esse rosto que, eu não sei, à que pertence?

E não me encontro

em meus poemas

em minhas noites em claro,

em minhas loucas tentativas de te encontrar

entre uma e outra rima,

entre refrões ébrios e canções adormecidas.

E meus versos...

não te peço que os recite, eles não são nada!

são palavras, jogadas no papel

como uma vã tentativa de escrever-te,

recriar-te com palavras,

desnudá-lo em rimas

enquanto morro,

enquanto perco-me a buscar-te

sem rumo, sem alma...

Michelle Angel
Enviado por Michelle Angel em 03/10/2007
Código do texto: T678716
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