Onipresença Cardíaca
Não pode a mão humana tão frágil
Evitar que o coração se submeta ao naufrágio
Pois mesmo que pudesse rasgar o peito
E atirá-lo ao chão, nenhum mal seria desfeito
No meio do silêncio cego da multidão
E por mil anos seria assim
O coração bateria mesmo diante do fim
Pulsando por amor sem temer efemeridades
Despreocupado com o que é vil diante de suas verdades
Nem o ranger estático da vida o aprisionaria na solidão
Assombrados com a velocidade do tempo
Correndo contra tudo que traz o momento
Ainda que já mortos haveria sempre o coração
Batendo entre uma era e outra, sobrepujando a ilusão
Viver depende de coragem e morrer de nada depende não
E sempre haverá as entrelinhas rasgadas por interpretações
Sem saber se o silêncio pode sobrepujar as emoções
Quem tem coração sempre haverá de morrer
Por amor levantaram bandeiras, por amor hão de sofrer
A melodia triste transporta a alma para outra direção
Se há sentido ou não, tanto faz o que há de ser
Pois quem vive sabe que há um momento para morrer
Mas só quem morre de amor sabe o que é sofrer
O coração não tem fronteiras e nada o poderá deter
O amor extrapola tudo, não se contém em uma dimensão
Ouvindo The Silence by Manchester Orchestra