Como Entender...

Pasmos diante do inesperado,

Sem reação, sem palavras, sem saída,

Sem explicação, sem respostas.

Como entender as guerras “frias” ou “convencionais”

Se ambas são “cruas” e desnudam a dignidade humana.

O que dizer das “Tsunames”, dos “Words Centers”,

Dos “Metrôs”, das esquálidas vítimas da fome mortífera,

Dos “Iraques”, dos “atentados terroristas”

Como amenizar a dor daqueles que foram atingidos

Pelo “sinistro” da GOL, e, agora, da TAM.

Ó, quão limitados somos!

Ó, quão solidários desejamos ser!

Recorremos às palavras.

Ah! Se os corações dos que foram separados

dos seus entes queridos as absorvessem,

encheríamos o mundo com elas.

Mas, no momento, só nos resta o silêncio.

(...).

Somos humanos, peregrinos na aventura da vida.

Com a visão limitada pelo horizonte.

Com a razão coxeando diante do inexplicável.

Com a imaginação voando em busca de sentido para o que não o tem.

Procurando culpados para aplacar a consciência.

No entanto, a vida prossegue, inexorável!

Como entender? Como explicar?

Não. Não entendemos e, muito menos, explicamos.

Há momentos que devemos somente silenciar.

(...).

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. (Is. 55: 8,9).

Permaneçamos em silêncio.

(...).