A mãe Anarquia

As prisões da’lma te machucam?

Percebes que não vives por ti e sim por um mero papel estampado?!

Já percebeu que os padrões sociais é algo tão robotizado,

Já sentiu não pertencente em meio a tantas

Ideias,

Conceitos,

Ideologia,

Religiões e partidos políticos.

Já pensou em um mundo real,

Onde a união é natural,

Onde não há Deuses nem criaturas.

Fortuna,

Fome,

Miséria

Ou em resumo o capital?

Onde não é preciso oprimir,

Onde não é preciso ter medo do opressor.

Onde cada ação sua resulte,

Num autoconhecimento pulsante.

Árvores ensinam e pássaros cantam.

Você já percebeu que não nasceu para ser mandado,

E tão pouco veio aqui para mandar?

Você visualiza o mar e percebe que somos uma unidade?

Que se perdeu no meio a tantas eras,

No meio das ganâncias ilusórias.

Por que tudo,

Tirando a natureza,

É irreal.

Os limites dos municípios,

As fronteiras,

Os países,

O estado é um efeito alucinógeno humano.

A igreja é onde a sociedade se entorpece,

O exército aplica a injeção caso você se recuse.

Marcam seu corpo com números de documentos,

Dizem que querem te livrar do tormento da fome,

Sugam seu suor enquanto te pagam com estrume.

São poucos que fertilizam terras,

E aprendem a matar a própria fome.

E até mesmo os que conseguem,

São infectados com o vírus meritocrático.

O ego está no cardápio,

Alguns se lambuzam.

Se você percebeu isso e acha que é loucura,

Sinto lhe dizer,

Que quem está enfermo,

É quem tem esse medo dessa luta.

A anarquia floresce em qualquer lugar,

A mãe anarquia veio te chama,

Ela já preparou sua cama,

Para você dormir e despertar.