NÃO TENHO MEDO

Arranquem todas as partes do meu corpo,

que não fique nada de mim em seu lugar,

até mesmo assim estarei inteiro para reclamar.

Tirem de mim esta tão fugaz existência,

atirem este meu corpo numa vala qualquer,

mesmo assim fico nas palavras que ousei falar.

Tentem apagar pela palavra o que já falei,

inventem mil mentiras para me derrubar,

até mesmo assim estarei vivo para atormentar.

Tentem destruir tudo, que eu já construí

e que fui montando durante a existência,

até assim estarei vivo, em muitas consciências.

Tentem amedrontar-me de forma até oculta,

e nunca se exponham quando ousarem falar,

até assim eu nunca vou deixar de me expressar.

13-02-08-VEM-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 22/02/2008
Reeditado em 15/08/2008
Código do texto: T870172