Poema ser humano

No meu verso quixotesco

Eu mostro o lado grotesco

Da nossa rude existência

Nesse mundo de desgraça

Vê-se a nossa populaça

Caminhando sem decência

Na história da humanidade

Há muita perversidade

Que a consciência não diz

Na face desse planeta

O ser humano forreta

Nunca viverá feliz

A nossa tosca romagem

É verdadeira miragem

Para cada criatura

Só tem um caminho certo

O túmulo triste e aberto

A boca da sepultura

Na página da ilusão

Se prende a grande visão

Dessa vida passageira

O monstro de carne e osso

Faz bravata quando moço

Faz medo quando caveira

O ser humano impudico

Venera o planeta rico

Sem conhecer seu mistério

Faz da ganacia o suporte

Porém a foice da morte

O arrasta pro cemitério

Num misticismo burrico

O seu humano impudico

Se encarna veleidade

Prega o mistério divino

Embora siga o destino

Da tosca brutalidade

Esse monstro fescenino

Perde o contacto divino

Trancado em seu coração

Na fúria de tanto arroubo

Passa a viver como lobo

Escravizando seu irmão

Esse animal portentoso

Sempre fora impetuoso

Na face desse planeta

Nesse trabalho eu demonstro

Esse animal como monstro

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 04/11/2013
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