À semelhança do Criador

Eu posso falar das trevas,
porque conheço a luz;
Eu posso falar do escuro, 
porque conheço o claro.

Eu posso falar do vinho, 
porque conheço a embriguez;
Eu posso falar do mel,
porque conheço o fel.

Eu posso falar do amor, 
porque conheço o desamor;
Eu posso falar da dor,
porque conheço a alegria.

Eu posso falar de Deus,
porque conheço o amor;
Eu posso falar da ofensa, 
porque conheço o perdão.

Eu posso falar da juventude,
porque conheço a velhice;
Eu posso falar da noite, 
porque conheço o dia.

Eu posso falar da primavera, 
porque conheço o outono;
Eu posso falar do inverno,
porque conheço o verão.

Eu posso falar da morte,
porque conheço o nascimento;
Eu posso falar do pão,
porque conheço a fome.

Eu posso falar da sede,
porque conheço a água;
Eu posso falar dos pássaros
porque conheço o espaço.

Eu posso falar da paz,
porque conheço a guerra;
Eu posso falar da verdade,
porque conheço a mentira.

Eu posso falar do não, 
porque conheço o sim;
Eu posso falar da razão, 
porque conheço a lógica.

Eu posso falar da justiça,
porque conheço o direito;
Eu falar do deserto;
porque conheço o oásis.

Eu posso falar das lágrimas, 
porque conheço o sorriso.

Eu posso falar das abelhas, 
porque existe o néctar;
Eu posso falar das flores,
porque existe a primavera.

Eu posso falar da poesia, 
porque existe o poeta;
Eu posso falar da argila 
porque sou escultor.

Eu posso falar da benção, 
porque tenho mãos;
Eu posso falar da oração,
porque tenho fé.

Eu posso falar do Amor,
porque tenho coração.

Roberto Gonçalves

 
RG
Enviado por RG em 07/07/2014
Reeditado em 07/07/2014
Código do texto: T4872987
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