CANÇÃO DO EXIGÍVEL
A CANÇÃO DO EXIGÍVEL
Julieta de Souza
Minha terra equivocada
Não sabe mais pr’aonde andar
A lama que aqui escorre
Deteriora o seu olhar.
Nossas mãos tem bem ônus,
Nossas lamas delatam horrores,
Nossa política esmaga a vida,
Nossa vida se enche de dores.
Em cismar, sozinho, à noite
Mais desgosto encontro eu cá;
Minha terra tem política,
Onde canta o “marajá”!
Minha terra falta primores,
Que tais não consigo avistar;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais injustiça encontro eu cá;
Minha terra tem política,
Onde canta o “marajá”!
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu veja este país mudar
Sem que avise a todo mundo
Que não há vitória sem lutar.
Sem que o povo se dê as mãos
Pra prender o marajá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem ver o meu povo cantar!!!