E por falar no tempo
É ele quem determina a vida.
Acarreta surpresas e cura as feridas.
Ou mostra a razão, ou lhe congela a emoção.
O tempo constitui-se determinação.
Não duvide do tempo o tempo todo.
Indubitavelmente, o tempo lhe pede ouro.
Não lhe dê nada em bronze ou prata.
O tempo perdido configura-se perda ingrata.
O tempo altera o ser se o ser assim o entender,
Cessar, arrazoar, correr. Descobrir a hora certa.
Amar, anistiar, embravecer. E, os pedaços coser.
O tempo transpõe-se imperceptível no decorrer da existência.
Perde-se os valores do tempo até o seu valor encontrá-lo.
Efêmero, fugaz e arredio retém-se firme em reminiscências.