Aprendi no deserto e com a vida

Com o tempo aprendi que o amor

reside na simplicidade.

Que perdemos o tempo da vida com banalidades

e muitas vezes nos envolvemos com futilidades.

Aprendi com simplicidade e, que a felicidade

às vezes está na humildade!

Que quem ama fala sempre a verdade

e não folga com a honestidade!

Aprendi que a crueldade não precisa de um grande motivo para existir;

E que nem sempre é necessário um imenso motivo para sorrir!

Aprendi que o céu deve cobrir o sol para regar a terra

Que as folhas secam para alimentar o solo

e que as lindas flores da primavera

não existem sem outono ou inverno.

Aprendi que não é preciso uma data especial para mandar flores

Que no amor também vivemos dissabores

E que para vir a vida, minha mãe sentiu dores.

Aprendi que as pessoas que me amam

às vezes vão se decepcionar comigo;

Que o pai que ama o filho, quando necessário, o põe de castigo.

Aprendi que o amor que tudo aceita é profano

E que o sorriso das drogas é leviano.

Aprendi que os homens se mascaram com couros e panos,

e que nos apegamos ao engano.

Ah, quem me dera ouvir a voz humana!

Não sentir o peso da morte que a alegria afana.

Vivemos uma vida cigana

mendigando sempre uma atenção

sofrendo com a megera desilusão

Como se a vida fosse só uma membrana.

Vejo vidas sendo tragadas por futilidade

Vejo o amor verdadeiro na simplicidade!