A insaciável ânsia de atenção

Ávidos, estamos vazios

Diante das intempéries colimadas

As esdrúxulas exposições exageradas

Nos deixam perplexos, abismados diante dos imbróglios.

Rompem o puerpério social,

pois reconcebem o surreal

no mesmo corpo da simbiose matrimonial.

Mas o corpo não é papel?!

Não!

é troféu!

Os seios estão ocos... sem coração!

estão cheios de ar de sedução,

aréola de enganação.

Não há vaidade na inteligência,

mas sobra na indecência!

exibem os glúteos desnudos...

não se preocupam com os absurdos!

É arte ou mera solidão,

exibir o corpo e não a convicção?

É mais fácil se ter a mulher inculta do que a de bom coração...

É mais fácil adquirir uma sem educação!

Já dizia Franz Kafka, em seu livro Metamorfose:

“Certa manhã, ao acordar após sonhos agitados, Gregor Samsa viu-se na sua cama, metamorfoseando num monstruoso inseto.”

Creio que neste mundo inepto, estamos se desmetamorfoseando, voltando a ser lagarta, ao invés de borboleta.

Devorando os "likes" com o ego insaciável

Num imenso vazio de dimensão imensurável.