Sentindo o Mundo

Sentir a ausência do próprio corpo

O desconforto da mais pura inércia

Algo que pode deixar louco

E agimos de forma controversa

Agimos como se fosse o último dia

Nas tardes frias que nos esperam

Mergulhados na mais falsa alegria

Sob a sombra dos deuses que veneram

Há algo incrível na natureza

Algo de realidade e puro sentido

Mas persisti a pesada mão da avareza

Pesadamente sobre um mundo perdido

Não ouviram o clamor do mundo

E dentro de nós mesmos nos perdemos

Esquecendo que o amor é o mais profundo

O mais profundo que de verdade queremos

Quanta dor foi subjugada pela imobilidade

Pela verdade de sermos sempre imperfeitos

E a despeito disso, nossa infantilidade

Busca dizer que não temos defeitos

Em quantos infernos mergulharemos

E ficaremos imobilizados diante da razão

Enquanto a loucura desfigura o que merecemos

Se alguma coisa merecemos é amor no coração

Ouvindo A Via Láctea, Legião Urbana

Obs: É importante dizer que respeito todas as crenças. Cada um tem sua fé, até os que não tem fé em nada. O que descrevo aqui é que muitos experimentam um falso êxtase e dizem que tudo que acontece é a vontade de deus ou de deuses. Na verdade, tudo que acontece de ruim, é escolha nossa e não de uma divindade qualquer.

Escrevo essa observação apenas para justificar a segunda parte da poesia na quarta linha.

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 27/09/2020
Reeditado em 27/09/2020
Código do texto: T7073609
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