A Vida (Ruídos do Passado)

A vida existe ou a vida... “é”?

E o tempo... “é”... ou existe?

Se o tempo somente existe,

sê-lo-ia então... mortal?

Mergulho minh’alma nestas dúvidas.

Ao que o medo me invade.

Esmaga-me as incertezas d’agora

Embora haja muito [tempo] que

me seguem e assediam.

E a imaginação oh! Quanto ri de mim

e que nunca vai embora.

Qual o maior segredo do tempo?

O que haverá depois de suas portas?

E pensar que ninguém sabe o

que tem atrás delas.

E, no entanto, miro os olhos para

um desconhecido futuro.

Não, o meu único “hoje” vale mais

que milhões de “amanhãs”.

E muito mais que todos os “ontens”

que não mais existem.

Embora muitos ainda s’encontram

em minha memória.

Coisas do [psicológico] tempo ao que teimo

em carregar comigo, um tempo morto:

o passado.

Mas, a verdade é que passado

e futuro estão sempre... presentes.

Já que o presente é um permanente

e contínuo “agora”.

Enquanto houver desejos (das “vozes” do futuro).

E enquanto houver lembranças (dos “ruídos” do passado).

Renato Rodrigues, Paulo Cruz e Charles Lima
Enviado por Renato Rodrigues em 29/03/2022
Código do texto: T7483349
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