Templo do Tempo

Templo do Tempo

A água tépida do mar

Invadindo a praia deserta

É um templo do tempo

Que se desvanece

Arrancando soluços da areia

Arremessando num penhasco dorido

A nudez plena de sentimentos

Tal qual flor viçosa que fenece

Num mundo de ilusões perdida

O grito que a lucidez sufoca

No peito gotejando mágoa

Um nome como lava incandescente

Forma tatuagem no coração

Salpicando num lampejo o histórico

Burilado pela dor

De uma vida polêmica

Onde o ódio ganha forças

Nas asas brilhantes do amor

Segue assim no lago soletrando

Borbulhando em águas cristalinas

O choro que sem pejo

Vai aos poucos

A alma apaziguando.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 02/02/2009
Código do texto: T1417317
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