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Chega a madrugada

Tudo parece morrer
É silêncio em cada canto
E os vazios da casa
São logo preenchidos
Por lúgubres ecos.

Madrugada chega obscura
Abre a pálpebra cansada
Da mente dormente
Que procura lembranças
Ainda escondidas...

No céu, as últimas estrelas
Com aparências doentias
Esmaecem sufocadas pela
Aurora que prenuncia o sol.

Uma fria garoa cai incessante
E refresca os corpos cansados
Que dormem entorpecidos
E do mundo esquecidos...

Cai agora neblina fosca
Enquanto o vento sibila
E o silêncio triste da madrugada
Some numa sonoridade aveludada.