O nada
O trem passa…
Passam as pessoas…
O tempo também passa e com ele eu passo junto…
Sentado na beira de qualquer coisa eu observo e ao meu redor o nada pára.
O movimento das fábricas, o cheiro doce do vestido da mulher que vende doces…
Os pombos, as placas de trânsito. E os grandes olhos imensos projetados nas nuvens…
As nuvens…
O amor também pára.
O amor não sabe mais para onde ir, onde chegar. Perdeu o trem… Perdeu a mulher que vende doces… Perdeu o tempo e junto me perdeu em seus laços misteriosos.
O amor…
O tempo…
Uma folha cai… Deus organiza tudo de maneira perfeita!