A solidão nos une
“Se as portas da percepção fossem livres, tudo se mostraria ao Homem como realmente é, infinito...”. - O Casamento do Céu e do Inferno - William Blake
A solidão nos une
Todo fim é o prenúncio de um novo começo
E no fim de tudo o amor sobreviverá
Esse sentimento é o maior que eu conheço
E só ele restará...
Não haverá mais luz
E as verdades serão inúteis
As percepções antes nubladas
Se despirão das coisas fúteis
Esvaziarei o coração das quinquilharias
Deixando de lado as migalhas e juras
Libertarei minha loucura
Ficando distante de toda hipocrisia
E se no final de um nublado dia
Você me estender a mão
Direi que aprendi a caminhar sozinho
Aparentemente nada sobreviveu
O dia fundiu-se na noite
A noite apagou-se com o dia
Mas as lembranças
Aquelas que ainda eram fortes
Mergulhadas em uma dinâmica
De vida abraçando a morte
Explodirão em gritos de liberdade
Estenda a mão para a solidão
É ela que fortemente nos une
O amor não é um insano carrasco
Um amor inocente não se pune
Agora olho para você sem amarras
Encontrei o meu coração perdido
Um pouco mais fragmentado
E agora por outro amor rejuvenescido
Não há culpa em nossos olhos
Nunca ninguém será culpado
É difícil não sairmos machucados
Quando nos perdemos pelo caminho
Se a solidão nos une
Não seremos punidos pelo amor
Nem toda flor vive somente de perfume
Sobrevivendo aos espinhos
Aprendemos o nosso próprio valor
Estaremos sim separados
Cada vez mais distantes
Se o nosso amor um dia for lembrado
Que seja como uma luz radiante
Ouvindo Alleine Zu Zweit – Lacrimosa, uma banda alemã