A primeira boca.

O que vês nos outros umbigos

Que o teu não tenha ?

Te digo amigo...Nada !

A primeira boca do homem

A que nunca se fecha, não percebes ?

Apenas se cala, quando a outra fala

O túnel escuro que te liga

E que atravessas aos tropeços

Quando a mão já não tateia mais

Te digo amigo...Nada !

Os umbigos são iguais, todos eles

Estão no centro do corpo

É o seu ponto de equilíbrio

O teu primeiro alimento

O teu primeiro convívio

Mas tu não o vês, te esquecestes

Hoje, segunda boca parece maior

Mas acredite...não é , só ilusão,

Por isso te digo, amigo...Nada !

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 03/11/2017
Reeditado em 05/11/2017
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