Os olhos da Maga Morganádica
Temo dar trelas
aos olhos bastantes
com glaciares
cores azuis, castanhas
ou mesmos verde-mar
onde o agueiro
leva ao fundo
os incautos
hipnotizados
por esse mar
sem fundo,
onde a correnteza
conduz o afogado
ao refluxo
do mar em fúria
que cobra do beira-mar
as suas águas de volta,
aguas que foram
trazidas pelas ondas
em marés mansas
ou na ressaca
mais sincera
inexistente sempre
nos olhos glaciares
iguais olhos
das cobras quando
hipnotizando
a inocente rã
como o agueiro faz
com todo incauto
que se entrega ao olhar
da onipotência humana.
Temo dar trelas
aos olhos bastantes
com glaciares
cores azuis, castanhas
ou mesmos verde-mar
onde o agueiro
leva ao fundo
os incautos
hipnotizados
por esse mar
sem fundo,
onde a correnteza
conduz o afogado
ao refluxo
do mar em fúria
que cobra do beira-mar
as suas águas de volta,
aguas que foram
trazidas pelas ondas
em marés mansas
ou na ressaca
mais sincera
inexistente sempre
nos olhos glaciares
iguais olhos
das cobras quando
hipnotizando
a inocente rã
como o agueiro faz
com todo incauto
que se entrega ao olhar
da onipotência humana.