Quatro estações...

Acho que quando eu nasci fazia um lindo dia de sol,

pois tenho uma intrínseca ligação com o verão.

Muito embora seja a primavera que mais me seduz a apreciar a vida.

Apraz-me o frescor do inverno desde que não seja tão rigoroso...

Vejo flores, sinto o perfume inebriante das mais diversas fragrâncias.

Admiro e aprecio a inteligência dos animais das mais variadas espécies:

tenho verdadeira paixão por borboletas, odeio sapos.

Vivo dias de intensa guerra interna ao mesmo tempo em que uma acentuada harmonia e leveza no tanger da vida.

Levanto a bandeira da paz com os quatro elementos; ainda que eles travem uma batalha de questionamentos entre si ainda assim tento compreendê-los. Pois, ora sou densa como o fogo,

ora sou leve como o ar, vez por outra límpida como a água,

e, exatamente como a terra, tenho cá minhas rotações e translações...

Eu diria que me considero uma pessoa feliz porque infeliz de tudo, certamente não sou!

Nenhuma festa será suficiente para entusiasmar-me a ponto de sair do eixo, tampouco o silêncio absoluto consiga cessar o

burburinho destes meus pensamentos.

Às vezes chego a pensar que não sou normal. Anormal, também não sou.

Sinto coisas que não compreendo, compreendo coisas que não sinto, quando deveria sentir.

Não me julgue uma má pessoa, boa coisa também não sou. Desde que não me tirem do sério...

DI MATOS
Enviado por DI MATOS em 17/01/2019
Reeditado em 06/01/2024
Código do texto: T6552775
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