Não me perguntem

Não perguntem sobre a vida

Pois a minha vivo, como posso viver

Não me perguntem se há uma saída

Para só de felicidade sobreviver

Pois sobreviver é tão pouco

Algo que reduz a vida ao estático

E por mais que eu viva como um louco

Não me apego a vida como um fanático

E sobre o amor eu diria

Que é parte da vida, que é a flor do meu morrer

Mas para sempre amar eu daria

O pouco de vida que ainda me resta viver

Não perguntem se tenho fé, deus ou religião

Tenho a esperança na vida e em tudo que há em mim

E se mesmo assim houver alguma indagação

Direi que vivam intensamente até o fim

Não me perguntem sobre a solidão

Pois mesmo sabendo eu muito sobre isso

Acredito que cada um tenha a sua em seu coração

A solidão é individual, é única e cada um sabe um pouco disso

Não me perguntem se sou de esquerda ou de direita

Pois no centro do que vivo, o que vale é a liberdade

Minha opção partidária pouco importa e desta feita

A liberdade é tudo que procuro, é a minha verdade

Não me perguntem se quero ser entendido

Se tenho talento, ou se devo repensar o meu querer

Viver só da pura lógica não faz sentido

Se apenas um me entender, já valeu o meu viver

Escutando um pouco de Stoa interpretando a música Taumel

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 25/10/2020
Código do texto: T7096113
Classificação de conteúdo: seguro