Ao mar não se diz adeus
Campo das gaivotas,
mar muito maior
que o próprio campo,
maior que os peixes
que o habitam; maior
que o mais gigantesco
monstro marinho
que já não assombra
marinheiro, em primeira
viagem de longo curso.
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As milhas navegadas
por poeta-marujo
apagadas por água-salgada
voltaram sempre ao ponto
de partida. Porém, partir
sempre foi o intento
do ponto de partida,
paixão incoercível.
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Ao mar não se diz adeus!
O mar sempre se reapresenta
a quem o conheceu minimante.
Desde a beirada da praia
de verdes-águas até o mar
profundo sempre azul-marinho.
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Ressurge como carícia sob a brisa,
dentro do marinheiro se eterniza.