A poesia e a imprescindibilidade da vida

É imprescindível cuidar das flores

Atender aos amores

E a poesia vira cores

Nas minhas discretas dores

É imprescindível lavar as louças

Engomar as roupas

Guardar as polpas

E a poesia é voz rouca

Na minha emudecida boca

É imprescindível trabalhar

A existência sustentar

As contas pagar

E a poesia é um simples transpirar

No meu suor a jorrar

Se fosse a poesia

A vida real

E a vida, uma coisa banal

E a rotina fosse uma poesia

E a poesia o meu cabedal

A felicidade estaria à solta

Plantando flores no meu e no seu quintal

Sônia Portugal
Enviado por Sônia Portugal em 22/10/2016
Reeditado em 23/01/2018
Código do texto: T5799295
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