Chegou a hora

Chegou a hora!

Está na hora!

Quando será que as guilhotinas voltarão?

Onde os carrascos com coragem?

Onde estão os heróis?

Lubrifiquem as guilhotinas, imperem corações;

Lanças, lançadas contra os castelos.

Fúria de fome; fome de saúde, fome de educação.

Polir os pensamentos, polir as espadas,

Armaduras modernas construir.

O novo tempo pára no calabouço;

Calar o ladrão impune.

Como punir o rei?

Como punir o bispo?

Como punir o poder?

Onde estão as guilhotinas,

Onde a bravura contra os poderosos?

Gritos aos ventos,

Gritos famintos,

Sana insanidade.

No coração,

Indignação, repulsa.

Levantem-se, adormecidos!

Levantem-se, zumbis do ridículo!

Lutem por seus diretos!

Sobrevivam à fogueira dos feiticeiros!

Homens de bem, sofridos,

Homens honestos,

Diante da muralha intransponível,

Não conseguem ver o poder,

Onde tudo acontece,

Entre gargalhadas e conchavos.

Quando voltarão as guilhotinas?