VAMPIROS À SOLTA
Que se desenganem aqueles
Que pensando que os vampiros
São histórias e filmes
De um passado já extinto
Há tantos vampiros por aí
Que de tantos serem
Já ninguém os distingue
Até porque o sangue que bebem
Não é à dentada
E quando o sugam
É indiscriminadamente
A toda a gente
São muito astutos
Os novos vampiros
Todos muito bem vestidos
Muito bem disfarçados
Disfarçam-se de gestores
Cardeais e juizes
Generais e chefes de estado
São tão bonitos
Os novos vampiros
E tão bem comportados
São tão espertos os vampiros
Que matam aos milhares
Sem serem apanhados
E raramente acusados
Porque longe da sua terra
Com a sua polícia secreta
Lançam a discórdia
A fome e a guerra
Entre povos inteiros
E para não serem apanhados
Controlam e deturpam
Toda a informação
De tal forma
Que sempre que alguém aparece
Denunciando os seus crimes
Apelidam-nos de terroristas
Como bruxas ou comunistas
Noutros tempos
E assim continuam vampirizando
Por mais uns tempos