Fome

Aqueles murchos seios desprovidos;

De por quem há muito alimentou;

Já não podem ter os seus supridos;

Pois a’rrogância humana os minou;

Aquele anjo pequeno, em soluços descontidos;

Tem apenas o amor que à mãe sobrou;

São vitimas de egos desmedidos;

De quem pouco interessado se mostrou;

Saciar a fome do corpo e da alma;

Com alem de vãs promessas e mais nada;

Segue o ciclo amargo infausto de desgraças.

Sem a provisão a mesa foge a calma;

Vão se as lágrimas, as dores, tudo acaba;

E vem firme e forte a fome, não espaça.

Michael Wendder
Enviado por Michael Wendder em 29/05/2009
Código do texto: T1622050
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