SOBRE INFIDELIDADE

Eu não sou nenhum psicólogo,

Muito menos algum anjo puritano!

Mas enlouqueço com certas coisas que escuto e vejo

Na televisão, nas rádios e jornais,

Todos debatendo sobre infidelidade,

Porque no relacionamento, a traição,

E quem dos conjugues, a explora mais?

Ficam procurando motivos e razões

Que levam um ou outro sair à procura

De novos carinhos, novos encantos

Onde se renovem as perdidas emoções.

Como já disse, sobre o assunto,

Não sou capacitado para escrever

Mesmo porque não sou a imagem

Nem a confirmação de algum santo!

Mas entre tantas bobagens que ouço

Uma palavra eu tenho para acrescentar,

Sem enrolar, sobre esta liberalidade:

Acontece à busca, o interesse em outro amor,

Porque deixam enfraquecer o querer

Deixando morrer aquela viva atração,

Num simples beijo, na forma de amar,

No comodismo, na falta de maiores cuidados

Para com o seu par, até mesmo no modo de falar,

Na falta de um cativante, simples e doce olhar.

Esquecem que o amor tem que ser reativado

E no fato de estarem juntos, acham-se donos,

E por mais que falte a disposição, entre as paredes,

Mesmo não se considerando, a obrigação de se aturarem

E um dos, fica amargurado, achando-se injustiçado.

Mas isto cansa! Então a corrida em busca da libertinagem,

Da sacanagem e da prevaricação. Das leis, a transgressão,

Sem o calor, sem ter pelo outro a mínima afeição

Perdendo-se a pureza, na falsa impressão de liberdade.

***

Conheço flores que murcharam, perdendo o esplendor,

Simplesmente porque entregaram sua ingenuidade

A esses daltônicos, que não distingue a beleza da flor,

Submeteram-se a quem nunca soube dar o verdadeiro valor

Perdendo a essência pura do amor.

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 03/08/2009
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