DEIXEM O ÍNDIO VIVER

Como é possível

Que ainda hoje

Se continue a perseguir

Os poucos índios que restam

Como se não fossem

Seres humanos como nós

Às vezes

Apetece-me perguntar

Mas afinal

Que mundo civilizado e moderno

É este em que vivemos

Como é possível

Que ainda hoje

Se continue fazendo

O que os crápulas

Ditos civilizados

Do clero e nobreza europeia

Fizeram desde há quinhentos anos

Ocupando matando

Saqueando e escravizando

Tudo o que à frente lhes apareceu

Às vezes apetece-me

Apelar à luta

Mas nesta

Perante armas desiguais

Os índios sempre perderam

Pois só tinham arcos e flechas

Por isso só posso

E devo apenas

Apelar à paz

Deixem o índio viver

Saiam das suas terras

Onde há índio

Não há poluição

Respeita-se a natureza

É tudo verde e limpo

Índio não invade países

Vive onde nasceu

E onde desde sempre viveu

Deixem o índio em paz

Já é mais que tempo

De respeitar o índio

Deixem o índio viver

Com os seus costumes

Credos tradições e cultura

Índio não pode comprar

Nem vender a terra

Nem o rio nem o mar

Nem a floresta

Pois tudo é da natureza

E índio desta faz parte

Paremos de vez

Com o genocídio

Índio é um ser humano

Deixem o índio em paz

De uma vez por todas

Respeitem o índio

Deixem o índio viver

Policarpo Nóbrega
Enviado por Policarpo Nóbrega em 04/11/2009
Reeditado em 06/11/2009
Código do texto: T1904966
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