MAR DE LAMA
Um vulcão adormecido,
E o povo sem pão.
Quando tem é amanhecido!...
Apesar do coração alegre e enternecido.
Festa na posse,
Sonhos na ponta da língua.
Eu, brasileiro, cheguei!
Igual a todos um comum.
Alma cortada,
Lobos à solta.
Final da história,
O povo proclama, è minha vez!
Eu brasileiro no mar de lama
Concordo, fui eu quem a tocha acendeu!
Quando em um momento escolhi
Confesso arrependo-me ainda é tempo
No caudal do vulcão
Que assola todo país
Da lama só não corre
Quem diz:__ eu não fiz!
Poderosos mostram a cara
Para se defender
Nem era preciso
Bastava saber viver.
Montanhas de dinheiro
E a nação não olhou primeiro
Resolve-se o caso expurgando quem fez
Votando certo dessa vez.