Abandono
Abandono
É inverno dia chegou nú
Despido de sol, choroso e frio
E trazendo arrepios. Já é tarde,
E tenta se esquivar do vento frio.
O mendigo solitario geme
No passeio da farmacia
Pneumonia, abandono e fome
Uma prece tremula e a bariga vazia.
A neblina fria abandona as ruas
E o sol se esforça, para revelar
A tristeza e as mazelas da noite
As brumas que agora se elevam
Arrastam os gemidos do mendigo
A prece e o ronco da bariga vazia.