O que se vê em cada mergulho
No meio dos políticos calados
Não há prazer, tampouco orgulho
Mas indignação por gestos silenciados.
 
Procura-se ouvir a voz da nação
Em cada atitude, em cada obra
Mas o silêncio chama a uma reflexão
E o povo continua massa de manobra.
 
Procura-se ouvir, mas em vão
Ler nas revistas e nos jornais
O silêncio monástico da nação
Que não dá explicações jamais!
 
Em cada escala do poder
Querem os grandes ocultar
Suas verdades não romper
Sobre seus vícios não falar.
 
Esses magos do poder
Como os gurus do Himalaia
Tudo ocultam, nada veem
E o povo também se cala.
 
Desse silêncio que anestesia
A massa pela dança e pela oração
Vão embora as energias
Mentes e corpos em exaustão.